Eu, o Corona Vírus e a Fé

Oii gente! Que saudade que eu tava disso tudo! Faziam quase dois anos que eu não dava as caras por aqui – e pasmem vocês – nessa quarentena Jesus me pediu pra voltar… Voltar a muitos lugares, inclusive pra esse blog.

A minha paixão por escrever é de longa data, porém a correria do dia a dia (sempre damos essa desculpa né), me fez abandonar aos poucos e deixar esse blog cair no esquecimento. Mas nessa quarentena Deus trouxe esse cantinho a luz hehe, então partiu voltar a escrever!

Taaanta coisa aconteceu na minha vida nesses últimos dois anos. Minha vida virou de cabeça pra baixo, e desvirou, e virou novamente… Aos poucos vou relatando pra vocês coisas que tenho no meu coração pra compartilhar.

Mas o assunto da vez é: Corona Vírus. Ai ai, quantas vezes vocês já leram esse nome temido nos últimos meses né? Então eu vim contar minhas experiência acerca dessa pandemia.

Primeiro: o Corona Vírus (não ele próprio né, mas a situação) está me curando. Isso mesmo que você leu. E eu vou te explicar.

Nos últimos dois anos eu trabalhei muuuuito. Pedi demissão. Montei uma empresa. Trabelhei triplicado. Voltei pro ministério de louvor. Fazia mil e uma coisas juntas e no fim das contas: cansaço, enfado.

Eu já estava entrando em colapso comigo mesma: não sabia mais o que gostava, o que não gostava. Andava estressada, fazendo as coisas no automático, cumprindo tarefas por cumprir, e não por prazer.

A quarentena me fez voltar pro lugar secreto. Me fez voltar a orar. Me fez voltar ao primeiro amor. Aquele que a gente se ajoelha no quarto, começa a cantar canções direto do coração, chora igual criança, e se sente preenchido, sabe?

Eu tava cheia de dúvidas, complexos, baixa auto-estima, desconfianças, com um pézinho pra desistir de muitas coisas, inclusive propósitos e promessas de Deus. Estava me questionando sobre muitos assuntos. Enfim, eu havia perdido a Karen interior sabe? Não estava mais a reconhecendo. Não sabia mais do que ela gostava, do que ela precisava.

Aproveito pra rasgar meu coração sobre o ministério de louvor (é preciso temor pra falar isso hein): eu estava cantando no automático, tocando no automático, escolhendo as músicas que EU gostava, que EU tinha facilidade e não as que o Espírito Santo queria. Estava me estressando com algumas pessoas do grupo, ficando desgostosa.
Você pode estar lendo e isso e pensando: nossa que louca, que herege (hehe). Porém, mais pessoas do que você imagina passam por isso, mas não falam.

Deus me chamou de volta pro quarto, pra oração, pra leitura da Bíblia.

Deus queria me ter por perto. Deus queria me orientar em decisões difíceis. Deus queria calar meus medos e dissipar minhas ansiedades. Ele me chamou, e eu fui. E posso dizer que estou vivendo os tempos mais lindos na presença d’Ele.

Ele está me reconstruindo como pessoa, como serva, como ministra de louvor, como jovem, como filha, como irmã, como amiga. Ele tem colocado Seus valores em mim e inseridos Seus sonhos no meu coração.

Eu estava muito frustrada e desesperançosa acerca de algumas situações. Eu estava vivendo no automático mesmo, e sabe-se lá onde eu ia chegar (ao enfado, com certeza).

Por isso hoje eu te encorajo: deixa a quarentena produzir algo bom em você. Deixa esse tempo de desligamento, ligar você aos céus. Você não tem noção do quanto Deus te espera pra te encher, pra te transbordar.

E não, não importa se você errou, se você pecou, se você andou nos caminhos mais torpes da terra. Vem filho pródigo, volta pra casa. Ele tem um anel e novas sandálias pra você.

Com amor, Ká.

Corona Vírus e a Fé

Você com certeza está sendo bombardeado de notícias ruins cada vez que abre a internet né? Os últimos dias tem sido difíceis, cheios de desafios, e se a gente não tomar o cuidado necessário – o desespero bate.

Mas hoje eu estou aqui pra você se alegrar! Não, o Corona Vírus não trouxe alegria (rsrs), mas você que é cristão, que crê que existe um Deus que é todo poderoso, sabe que é possível tirar muitas lições dessa pandemia.

Os pais se voltaram aos seus filhos. Agora eles sentam no chão, brincam de quebra-cabeça ou esconde-esconde, não é mais a ajudante do lar ou a babá que desenvolve esse papel.

O trabalhador desacelerou. Agora ele senta a mesa e come com calma. Atualmente ele faz todas as refeições necessárias. Ele cozinha. Toma um suco natural, passa um café quentinho.

O jovem não vira mais a noite na balada. Ele reconhece que tem uma família sentada no sofá da sala assistindo a sessão da tarde na televisão. Ele conversa com os pais.

O cristão voltou ao lugar secreto. Voltou a orar. Agora tem tempo de ler a bíblia, tem tempo de ouvir uma pregação nova no youtube, tem tempo pra fazer um curso novo relacionado ao seu ministério. Está ouvindo canções novas, está aprendendo ou desenferrujando um instrumento. Tem tempo.

É claro que tem muito desespero também. Tem preocupação. O trabalhador sendo demitido, não sabendo como colocar o pão na mesa – mas isso são cenas do próximo capítulo, em um outro post conversaremos sobre.

Mas sabe o que estou querendo dizer? Que quando tudo isso passar, a gente vai ter aprendido o valor de um abraço, de sentar a mesa, de sair com os amigos (sem ficar mexendo no celular), do estar junto, da comunhão. A gente vai ter aprendido que NÃO, não vale a pena trabalhar 24h por dia, NÃO vale a pena correr atrás do vento, que tudo é passageiro, e que num piscar de olhos, podemos perder tudo.

Mas a gente também vai aprender que somos filhos de um Deus que supre, que cuida! Que vale a pena servir a Ele, porque Ele nunca nos desampara.

Essa quarentena está sendo um deserto pra você? Parece que está tudo seco, sem vida?

“Portanto, agora vou atraí-la; vou levá-la para o deserto e vou falar-lhe com carinho.”
Oséias 2.14

É no deserto que Deus fala. É quando estamos no silêncio, no desacelerar que Ele responde e orienta MUITA coisa.
Se você ainda não sentiu nenhum tipo de conexão com Deus nessa quarentena, eu quero te encorajar a buscar. Você não tem ideia o quanto é lindo dançar com Ele no deserto.

E quando tudo voltar ao normal?
Não vamos voltar ao normal. Porque o normal não era o certo.
É preciso mudança! E essa mudança só pode acontecer por intermédio de nós.

Você está pronto pra isso?

Com amor, Ká.